Reconhecimento e Valorização do Voluntário

A maioria das empresas que investe em programas de voluntariado percebe que, ao mobilizar seus funcionários em atividades voluntárias, constrói uma imagem positiva na comunidade onde atua, nos mercados em que está inserida e na sociedade de forma geral. Essas empresas também proporcionam o desenvolvimento pessoal e profissional de quem participa ativamente dessas iniciativas na busca do bem comum.
É possível apontar diversos desafios para fazer a boa gestão de um programa de voluntariado empresarial. Dentre eles, pode-se citar a estruturação do programa, o alinhamento da missão e objetivos com as atividades oferecidas, além de proporcionar capacitação aos voluntários, monitorar e avaliar o programa e seus resultados periodicamente, entre outros pontos de atenção. Além disso, é importante destacar o reconhecimento e a valorização do voluntário, que necessita ser estimulado e valorizado dentro da organização.
Independentemente do lugar onde as pessoas estejam, todos gostam de ser reconhecidos, e este é o um dos grandes combustíveis de renovação do ser humano. Por mais motivado que esteja um individuo, perceber que o resultado do seu empenho e dedicação é reconhecido evidencia um olhar diferenciado da empresa, estimula que ele continue se dedicando à causa e que esse esforço valha a pena em todos os sentidos.
Encontrar a forma de reconhecer e valorizar o voluntário é um grande desafio, pois o mesmo encontra, na maioria das vezes, satisfação pessoal ao participar das atividades, mas precisa saber que a empresa valoriza essa atitude e o reconhece por isso. Entretanto, é preciso saber homenagear os voluntários que realmente se destacaram em suas atividades sem desprestigiar o trabalho realizado pelos outros, para não banalizar o processo de valorização desta atividade.
Adotar uma Politica de Reconhecimento e Valorização é bem indicado, pois todos sabem as premissas e regras que compõem esse processo de reconhecimento, assim não caracterizando o favoritismo no momento de decidir quem serão os voluntários de destaque naquele período. Essa política deve servir como estímulo e incentivo ao voluntário, e não se tornar uma competição.
Uma das sugestões para evitar esta situação é manter o foco no impacto que essas atividades têm em forma de solidariedade e da cidadania, visto que este é o compromisso esperado: a construção e a contribuição para uma sociedade mais justa e solidária. Existem algumas ferramentas que podem ajudar a promover essa politica: divulgação da atividade do voluntário nos principais meios de comunicação da empresa, distribuição de camisetas, cordões de crachá, pins, entre outros.
Ruth Goldberg apresenta uma lista de como este reconhecimento deve ser:
No entanto, cada voluntário percebe o reconhecimento de forma diferente, ou seja, nem sempre causa o mesmo efeito. Alguns preferem ser reconhecidos de forma restrita, e outros preferem aparecer nos principais veículos de comunicação da empresa. Nesse caso, as premiações por equipe, baseadas em critérios claros e objetivos, surtem efeitos positivos. Recomenda-se que o prêmio seja mais simbólico e desejado pelos voluntários.
De qualquer forma, o engajamento em atividades voluntárias desenvolve habilidades e competências, como liderança, trabalho em equipe e comprometimento, provocando um sentimento de orgulho e pertencimento. Por outro lado, quando o voluntário percebe que, de fato, está fazendo a diferença, sente-se mais estimulado. Por isso o reconhecimento é tão importante, e fazer isso de forma institucionalizada é um processo formal para dar visibilidade aos voluntários que mais se destacam, fortalecendo o engajamento e motivação. É um ciclo que precisa ser continuamente alimentado.