O Instituto Ethos lançou em dezembro um manual sobre como lidar com direitos de funcionários gays – 40 companhias ajudaram a formular o documento. Segundo Jorge Abrahão, presidente do instituto, o guia define dez compromissos que as corporações podem adotar para garantir os direitos desses profissionais, como incluir o parceiro no plano de saúde. Entre eles, está o comprometimento explícito da diretoria e a promoção de ações de desenvolvimento profissional. O Ethos não sugere um plano de carreira específico, mas, sim, que a empresa consiga criar um ambiente favorável para que eles se sintam livres. Abrahão considera que houve avanços na promoção de direitos de outros segmentos, como negros e mulheres, e que, agora, “a questão LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) é a fronteira”. “O T é o que mais necessita de políticas específicas, mas o L, o G e o B também”, diz o executivo. Em um vídeo de apresentação do manual, que o Ethos publicou no YouTube, Guilherme Bara, coordenador de diversidade da empresa química Basf, afirma que não é raro conversar com responsáveis por seleção de candidatos e ouvir comentários como “o candidato era muito bom, mas era muito gay”. Uma das práticas que o manual recomenda para combater isso é a criação de grupos de trabalhadores LGBT.
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