Atualmente como embaixadora do Greenpeace, a atriz Leticia Spiller começou a atuar em 1985, antes de ser paquita, no Xou da Xuxa.
Depois, atuou em várias novelas, como Quatro por Quatro, Salve Jorge, Joia Rara e, atualmente, I Love Paraisópolis.
Sempre envolvida em causas ambientais – cresceu ao lado de sua irmã, ambientalista, Letícia tornou-se embaixadora do Greenpeace pelo Desmatamento Zero no Brasil em 2015.
Em declaração à instituição, a atriz disse que a luta pela preservação do meio ambiente sempre fez parte de sua vida.
“Através das minhas viagens o que vi e vejo na Amazônia em termos de desmatamento é aterrorizante e assustador! É inacreditável! Como chegamos a isso?”, questionou.
Em entrevista à Revista Filantropia, Leticia fala sobre sua atuação no mundo das organizações sociais e sobre sua percepção da atuação das ONGs na sociedade brasileira como um todo.
Revista Filantropia: Atualmente, você apoia a campanha “Entrando pelo cano”, da ONG Uma Gota no Oceano, e é embaixatriz do Greenpeace pelo Desmatamento Zero no Brasil. Você sente mais afinidade com causas ambientais?
Letícia Spiller: Não só com as causas ambientais, com outras também. As questões de meio ambiente fazem parte da minha vida desde que sou criança, porque minha irmã é ambientalista. Tenho muito amigos que trabalham nesse setor e me interesso bastante. Mas acho tão importante quanto várias outras campanhas que também apoio, como a doação de sangue, por exemplo.
RF: Atualmente, muitos artistas estão engajados em causas sociais, humanitárias, ambientais e animais. Você acredita que esse envolvimento impacta positivamente a sociedade?
LS: Com certeza! Acho que através da arte a gente pode conseguir muita coisa. E, para mim, o artista tem esta missão de ajudar de alguma forma com a sua imagem, já que somos formadores de opinião para a sociedade.
RF: Você protagonizou o filme “O casamento de Gorete”, no qual interpretou uma drag queen, participou da Parada LGBT do Rio de Janeiro e gravou um vídeo apoiando a propaganda do Boticário protagonizada também por casais gays. Como você avalia o trabalho das organizações sociais que defendem os direitos das causas LGBT?
LS: Vejo muitas organizações extremamente eficientes, inclusive por parte do próprio governo do Rio de Janeiro, atuando na campanha contra a homofobia.
Mas acho que temos que evoluir muito ainda para que a realidade LGBT seja visto com cada vez menos preconceito. Para mim, toda forma de amor vale a pena!
RF: O que você acha da atenção que o poder público dispensa para as organizações sociais brasileiras?
LS: Acho que algumas pessoas atentam para isso, sim, e outras têm preconceito. Mas se a gente não fizer alguma coisa, quem fará? Infelizmente, ainda temos um longo caminho até que as pessoas comecem a exigir do governo uma posição mais presente, principalmente em relação a ações na área da saúde, educação e também do desmatamento.
RF: Se pudesse escolher uma causa social para receber um investimento e transformar a sociedade, qual seria?
LS: Eu me dedicaria a criar várias escolas que pudessem reeducar e formar agentes agroflorestais, pra aprenderem a preservar e enxergarem que, por meio de cooperativas que reciclam a natureza de alguma forma é possível sobreviver disso, principalmente se você mora em um lugar que não é uma metrópole. E acho que outra causa social que eu escolheria seria contra a homofobia.