Guerreira do Bem

Por: Instituto Filantropia
06 Novembro 2012 - 12h20

Vitoriosa em sua vida pessoal e profissional, Ana Maria Braga luta para beneficiar Instituições, alinhando sua imagem a causas em que acredita

Por Juliana Fernandes

Paulista de São Joaquim da Barra, Ana Maria Bragaé filha única e passou a infância e a adolescência estudando em internatos no interior de São Paulo. Na adolescência, disposta a fazer faculdade, fugiu de casa e começou a trabalhar para poder se formar em biologia. Com o diploma em mãos, veio para a capital para fazer uma especialização na área e, para pagar os estudos, conseguiu um emprego na extinta TV Tupi. Lá, apresentou telejornais, shows e estreou num programa feminino. Disposta a investir no novo segmento, cursou a faculdade de jornalismo. Com o fim da emissora, Ana trabalhou como assessora de imprensa e diretora comercial em revistas femininas.

Longe da televisão por mais de dez anos, Ana voltou em 1992 e, por sete anos, dirigiu, produziu e apresentou o programa “Note e Anote”, na Rede Record. Em julho de 1999 estreou o programa “Mais Você”, na Rede Globo, ao lado do seu fiel companheiro: o Louro José. Apaixonada pelo que faz, Ana se considera uma mulher realizada. Mas, para quem pensa que a vida da estrela é fácil, aqui vai uma informação: ela trabalha 15 horas por dia, e ainda tem tempo para se dedicar às questões sociais – conforme conta em entrevista à Revista Filantropia.

Revista Filantropia: Você foi criadora do Projeto de Cozinha Popular Ana Maria Braga, um curso sobre reaproveitamento ali-mentar direcionado a comunidades carentes. Conte-nos como surgiu a ideia para esta iniciativa.
Ana Maria Braga: Sempre tive uma grande preocupação de que todo o conteúdo gastronômico do programa fosse baseado em produtos acesíveis, para que o telespectador de qualquer parte do Brasil pudesse encontrar os ingredientes que compõem as receitas, e que elas fossem fáceis de fazer. Transferimos esses conhecimentos para o projeto e deu muito certo. Já formamos centenas de pessoas.

RF: É impossível desassociar a imagem do Louro José de seu programa – ele inclusive já recebeu o título de agente especial do Ibama, como símbolo de combate ao tráfico de animais. Tinha ideia de que o Louro teria esse alcance?

AMB: O Louro José sempre foi participativo e atuante. Por isso, temos na figura dele a função de ser uma espécie de porta-voz das causas da natureza.

RF: No decorrer da sua trajetória televisiva, ficou nítida a preocupação com a prestação de serviços em seus programas. Quadros como: ‘S.O.S Mais Você’, com o Dr. Guilherme Furtado, e ‘Será que eu Posso’, com o economista Roberto Zentgraf, esclarecem dúvidas do público e vão além do entretenimento. Essa é uma das questões fundamentais para você como apresentadora?

AMB : A função do programa é a de entreter e informar, e eu, como apresentadora, sou responsável por conduzir isso até o telespectador. Sempre buscamos ter quadros que possam auxiliar as pessoas a ter mais qualidade de vida, mais informações para melhorar suas finanças, a organizar melhor sua vida pessoal e profissional, enfim, a função do Mais Você é ser um amigo da família.

RF: Você atua como madrinha do Instituto Abrace, uma organização destinada a dar amparo e conforto aos pais de crianças internadas em UTI. Como surgiu o convite para o projeto e de que forma é a sua atuação?

AMB: Há diversas entidades benemerentes que eu apoio, como a Casa Hope, o Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural, o Instituto Coca-Coca, o Instituto Ayrton Senna, a Associação Brasileira de Mucopolissacaridoses (MPS), no projeto ‘Crescer Link: anamariabraga.globo.com
como iguais’, o Retiro dos Artistas, além de dezenas de campanhas pontuais. Cedo minha imagem para que essas organizações sérias possam reverter a favor delas coisas positivas.

RF: Em maio deste ano, você participou da Campanha sobre a Mucopolissacaridoses – uma doença genética grave e de difícil diagnóstico. Outros artistas, como Xuxa Meneghel, Marisa Orth e Isabel Fillardis também tiveram atuação na causa. Na sua opinião, qual é a importância do engajamento da classe artística nesses projetos?
AMB: Sou uma pessoa pública e construí ao longo da minha carreira uma imagem sólida, séria e respeitável. Me orgulho muito disso e acho que, diante de todas as carências do país, tenho que doar a minha imagem para as causa nas quais acredito.

RF: O livro “A Força da Fé” traz um relato muito especial sobre como você enfrentou o câncer e sobreviveu à do-ença. Após essas batalhas, o que mudou na maneira da Ana Maria ‘enxergar’ a vida?
AMB: O câncer muda a gente de qualquer maneira. Os problemas que antes pareciam grandes se tornam insignificantes. O modo de enxergar a vida, as pessoas que amamos, o tempo que temos é outro. Tudo ficou mais fácil, mais rápido. A dor da doença nos faz mudar e termos outras prioridades, outros objetivos.

RF: Ainda sobre essa fase, como foi falar abertamente sobre a sua doença durante o seu programa? Foi importante receber o carinho e o apoio dos fãs?

AMB: Como a minha equipe sempre diz, eu sou uma guerreira. Sempre disse que para enfrentar o câncer a gente tem que encará-lo de frente, sem meias palavras. Na minha luta contra o câncer, a fé, muita oração, família e amigos foram elementos fundamentais para aguentar tudo o que enfrentei. Receber o apoio de milhares de fãs me ajudou muito nessa luta. Decidi também que seguiria fielmente o que a minha equipe médica havia proposto. Isso foi muito bom, porque fiquei focada na busca pela cura por meio do que os especialistas me recomendavam. A fé e as orações me fizeram aguentar o tratamento que, no meu caso, foi muito dolorido.

RF: Sempre que possível você está presente em cerimônias, leilões e outros eventos ligados ao Terceiro Setor. Por ser tão engajada nos assuntos sociais, já pensou em iniciar sua própria instituição? Se sim, gostaria que ela contemplasse alguma causa específica?

AMB: Eu acredito que possa fazer muito mais emprestando minha imagem para diversas entidades e ONGs sérias, que consigam fazer corretamente o seu trabalho e, desta forma, auxiliar mais pessoas. Já pensei em iniciar minha própria entidade, mas infelizmente não teria tempo hábil para fazer direito, como eu acredito que as coisas devem ser feitas.

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