Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife)

Por: Aline Alves
01 Maio 2007 - 00h00
Em pouco mais de uma década de atuação, o Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife) cresceu 208%. Pioneira na América do Sul e no Brasil, a associação contribuiu para a disseminação de um novo modelo de filantropia no Terceiro Setor, o investimento social privado, ou seja, o repasse de recursos privados para fins públicos por meio de projetos sociais, culturais e ambientais.
Fundada oficialmente em 1995, a associação começou a dar seus primeiros passos em 1989, em São Paulo, quando algumas organizações empresariais reuniam-se a cada dois meses para debater assuntos relacionados à filantropia. No começo dos anos de 1990, o Terceiro Setor vivia um momento de expansão, mas acompanhado por focos de corrupção no sistema social. Daí nasceu o interesse do grupo em mostrar ao país a atuação séria de organizações que desenvolviam ações sociais públicas por meio de recursos privados.
“Houve um boom no Terceiro Setor. Neste movimento houve muita mobilização e, no setor empresarial, qualquer projeto filantrópico valia. De alguns anos para cá, vem acontecendo certo refinamento, houve um maior grau de profissionalismo e de planejamento das organizações sociais. Hoje, há novas formas de filantropia e de investimento social privado aparecendo, ligados a negócios, que geram rentabilidade”, afirma Fernando Rossetti, secretário-geral do Gife.
Em fevereiro de 2007, o Grupo de Institutos, Fundações e Empresas alcançou a marca de 101 associados. São organizações como Natura, Nestlé, Itaú, Belgo Mineira, CSN, IBM, Vivo, Philips, Microsoft, entre outras, que investiram cerca de R$ 1 bilhão em projetos só no ano de 2005, beneficiando direta e indiretamente mais de 5 milhões de pessoas em todo o país, de acordo com dados do Censo Gife 2005/2006.

Atuação
O objetivo do Gife é contribuir para o desenvolvimento sustentável do Brasil, auxiliando no fortalecimento político-institucional e promovendo apoio à atuação de institutos e fundações empresariais e de outras entidades privadas que realizam investimento social voltado ao interesse público. A partir disso, a associação concentra seus trabalhos em três áreas principais.
Uma delas é a gestão de relações institucionais, por meio da qual o Gife constitui uma rede entre as organizações com o propósito de promover parcerias, capital social, além da sistematização e divulgação do trabalho social feito pelos associados.
Por meio da Rede Gife são formados os grupos de afinidade nas áreas de educação, marco legal, meio ambiente, cultura, desenvolvimento comunitário e saúde, para troca de experiências entre as entidades. “Organizamos nossas ações dentro de dois eixos em relação ao investimento social privado: qualificação e disseminação. No campo da rede, a estratégia principal são os núcleos de atividade, nos quais reunimos os associados em torno de áreas de interesse para aprofundar conhecimento, alinhar conceitos e ações, fazer congressos, eventos etc.”, afirma Rossetti.
Outro foco de atuação é a articulação, mobilização e capacitação, em que se insere o projeto Marco Legal e Políticas Públicas. Essa iniciativa tem como objetivo discutir projetos de lei existentes e desenvolver novas propostas em torno de temas como segurança jurídica, liberdade de organização e atuação, transparência e controle social, imunidade e isenções tributárias. “Nossa proposta é fazer com que o ambiente legal seja favorável, estável e transparente ao Terceiro Setor. Temos um parceiro em Brasília que faz o acompanhamento do congresso e mantemos uma ação mais forte com o Legislativo e com o Executivo. Recentemente, realizamos reuniões com os ministros da Educação e da Cultura”, diz Rossetti.

Atividades
A associação também é pioneira em cursos voltados para o Terceiro Setor. Além do curso Ferramentas de Gestão, uma das referências na área, neste ano começa a ser realizado, em parceria com a ESPM, o curso de pós-graduação em Investimento Social Privado. Na área de gestão de informação e conhecimento, o Gife realiza diversas ações focadas na sistematização de aprendizagens e divulgação do investimento social privado. Entre as publicações estão livros, guias, boletins e o site da associação.
Para o secretário-geral do Gife, o Terceiro Setor deve crescer nos próximos anos, mas para isso são necessárias algumas mudanças. “Ainda se faz muito assistencialismo, lidando mais com as conseqüências dos problemas sociais do que com suas causas. É preciso resolver também a questão da profissionalização do setor e do aprofundamento da visão social das empresas”, destaca.


Gife
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