“O que a gente teve, não perde. As lembranças estão dentro de nossa memória. Quando uma tragédia acontece, o que se perde é o prosseguimento, é o futuro”. A frase é do médico psicanalista Luiz Alberto Py que, em poucas linhas, tentou dar palavras de conforto àqueles que tinham acabado de presenciar a morte de familiares e amigos em um acidente aéreo.
A tentativa e insucesso da busca de respostas quando se perde alguém nos dá a sensação de impotência, de indefinição de futuro. Mas o futuro, na verdade, nada mais é que o presente em desenvolvimento. “O futuro é virtual, uma expectativa de algo que damos como certo, mas não é”, como define o próprio médico.
No presente, no “hoje”, as mudanças são tão orgânicas que muitas delas nem percebemos acontecer. Crescemos a cada dia com novos aprendizados, com gotículas emanadas por pessoas à nossa volta que nos proporcionam experiências sutis a todo o momento. São gotas de alegria, amor, raiva, medo, tristeza. São elas que nos fazem vivos, que nos fazem estéreis à frieza das estatísticas que controlam o desenvolvimento da humanidade. E nem quando o “amanhã” vira “hoje”, nos damos conta de que o aprendizado acumulado “ontem” virou um patrimônio só nosso e que não perderemos jamais. São gotas que encheram nosso copo e jamais serão derramadas.
Somente quando uma pessoa que faz parte desse nosso crescimento se vai é que percebemos a interrupção. A paralisação brusca dessas gotas de aprendizado que recebemos nos dá uma sede incontrolável, que nos faz imaginar que não conseguiremos prosseguir sozinhos.
Prova de que o futuro está presente é que outras gotículas que já eram emanadas por outras pessoas passam a ser mais valiosas, passam a fazer outro sentido em nossas vidas. Novas “pessoinhas” vêm ao mundo para nos encher de novas experiências, suprindo a ausência daqueles que não mais “gotejam”.
Sendo assim, resta-nos viver os nossos dias com a disposição de receber todos esses presentes oferecidos pelos que nos rodeiam e agradecer a cada gotinha que nos faz sermos quem somos. Voltando a citar Py, devemos “pensar não no que perdemos, mas no que tivemos o privilégio de viver”.
Obrigado, pai, por tantas gotas de sabedoria que recebemos.
Marcio Zeppelini
[email protected]
“Este texto é uma homenagem a João Francisco Zeppelini, falecido em 15 de julho de 2009. Deixou esposa, três filhos, quatro netas (uma sem ter em seus braços) e uma certeza: a de que a vida digna vale a pena”.
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