A sexta edição do censo Gife (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas), pesquisa bienal que levanta dados sobre o investimento social privado no país, aponta que foram alocados para áreas como educação, geração de trabalho/renda, cultura/artes e desenvolvimento local, entre outras, um total de R$ 2,35 bilhões, um aumento de 8% em relação a 2011. A pesquisa usou como base as respostas on-line de cem associados (três empresas e 87 fundações) que fazem parte da rede Gife. "Os dados demonstram que há uma tendência do investimento social seguir o percentual da inflação no país", afirma Andre Degenszajn, diretor-executivo e responsável pela pesquisa. Entre as principais mudanças apontadas no estudo, a quantidade de organizações que investem em ambiente caiu de 58% em 2009 para 43% em 2011, o que demonstra a inversão da uma tendência de crescimento observada em 2005. "A Rio+20 foi um dos incentivos para as instituições considerarem esse tema como prioritário na época, o que já não acontece mais hoje", analisa Degenszajn. No entanto, um dos pontos positivos apontados foi o crescimento de 13% em ações relacionadas à defesa de direitos. "Há uma maior clareza sobre o que significa fortalecer esses grupos", explica.