Vivemos em uma época em que empreender é imperativo e a competitividade por meio da lucratividade é a lógica ainda ditada pelo sistema de mercado do capitalismo moderno, apoiado na abertura de mercados e na globalização. Nesse jogo, a regra principal determina que os empreendimentos devem gerar lucro com baixo risco.
Paralelamente, contudo, o mundo passa por uma verdadeira revolução – não tão silenciosa – em que empresas começam a agir de modo ético e responsável, sem sacrificar a margem de lucro e o senso dos negócios, a exemplo da rede The Body Shop, fenômeno internacional formado por cerca de 2 mil lojas e que atende mais de 84 milhões de consumidores em 24 diferentes idiomas, capitaneada pela polêmica Anita Roddick, empreendedora que se tornou bem-sucedida ao ousar enxergar que uma empresa, além de produzir bens e serviços, possui um papel decisivo na formação do espírito humano.
Essa será, sem dúvida, a tônica daqui para a frente. O desenvolvimento social e do capital humano do país passará a ser promovido, cada vez com mais intensidade, pelas empresas e cidadãos comuns, haja vista que as estruturas governamentais já se mostraram incompetentes na resolução das questões sociais que perduram por mais de 500 anos no Brasil. Somente nesse momento, após a posse do governo Lula, ao que parece, as questões sociais foram descobertas pela mídia e por boa parte das corporações e da sociedade civil.
Ações oportunistas à parte – que deverão ser depuradas pela sociedade a partir do momento em que demonstrem as reais intenções de seus autores –, o fato é que nunca estivemos tão próximos de construir um país onde todos ganhem. Nesse novo cenário, caso consigamos desenhá-lo, a competição dará lugar à cooperação, a hierarquia será substituída pela diversidade e o abuso daqueles que detém o poder abrirá espaço para as soluções comunitárias.
Esse contexto favorece sobremaneira o avanço do empreendedorismo social, um campo de trabalho profissional relativamente recente que serve de caminho para a conquista dessa nova realidade. O empreendedor social, ao contrário do de negócios, não busca incessantemente o lucro, o aumento da produtividade, a excelência na gestão ou a competitividade. Os desafios são outros, como o de tornar a comunidade onde atua auto-sustentável, desenvolvendo-a política, social, cultural, ética e ambientalmente.
Mas qual é exatamente o perfil desse profissional? Da mesma forma que o empreendedor de negócios, ele deve possuir visão, criatividade e talento para criar processos e produtos inovadores a serem empregados na elaboração de novas soluções para problemas sociais. E, sobretudo, ter brilho nos olhos. Além disso, o empreendedor social deve ser movido pela paixão e busca de novos paradigmas, objetivando não o negócio do negócio, mas o negócio do social, que terá na sociedade civil seu principal foco de atuação e sustentáculo, mediante o estabelecimento de parcerias e alianças intersetoriais envolvendo comunidade, governo e setor privado.
Dessa maneira, o empreendedor social possui, atualmente, importante papel na promoção de mudanças positivas e, notadamente, na indicação de quanto os cidadãos comuns ainda podem fazer para criar um mundo com mais justiça e igualdade. Nas próximas edições, revelaremos casos de sucesso de indivíduos que, persuadidos pelas demandas históricas do Brasil, têm empreendido uma marcha firme e constante nessa direção, atendendo, assim, ao coro uníssono de um país que pede e não pode mais esperar.
Empresas que Fazem | |
Fundação Bunge expande programa Comunidade EducativaA partir de abril de 2005, o Comunidade Educativa, programa de voluntariado das empresas Bunge no Brasil, expande suas atividades e chega a 16 regiões brasileiras. Araxá (MG), Uberaba (MG), Ponta Grossa (PR), Uruçuí (PI), Bauru (SP) e Rio de Janeiro (RJ) são os novos locais que passam a ser atendidos pelo programa. Lançado em maio de 2002, sua proposta é estimular e preparar os colaboradores das empresas Bunge a desenvolver projetos de apoio educacional que contribuam com a melhoria da qualidade de ensino das escolas da rede pública. Os temas desenvolvidos são: incentivo à leitura, por meio de contadores de histórias; educação ambiental, com hortas comunitárias, e oficinas culturais, esportivas e socioeducativas. | Bic e Instituto Alpargatas incentivam a educação no paísA Alpargatas, por meio do Instituto Alpargatas, e a Bic provam que é possível reverter positivamente os índices de educação no Brasil, seja por meio da prática do esporte ou do incentivo à leitura. Desde 2003, o Instituto Alpargatas tem obtido excelentes resultados com a implantação do programa Educação por meio do Esporte, nas comunidades em que a São Paulo Alpargatas atua. Equipando quadras poliesportivas, investindo na capacitação de professores de Educação Física e criando atividades extracurriculares, o Instituto Alpargatas conseguiu, durante 2004, melhorar em 19% o rendimento escolar e a média dos |
Parceria GRSA e Nestlé para o programa Primeiro EmpregoA GRSA – empresa nacional líder em serviços de alimentação, que tem como acionistas os grupos Accor e Compass – comemora a contratação de 600 jovens oriundos do Programa Primeiro Emprego. De agosto de 2004 – quando foi oficializada a parceria com a Nestlé junto ao Ministério do Trabalho e Emprego – a janeiro deste ano, 800 jovens estagiaram na empresa por meio do projeto social Encaminhar, que tem como objetivo contratar 2 mil estagiários até dezembro de 2006. Durante o estágio, os jovens tomam conhecimento da maioria das atividades nas unidades da empresa ou do departamento em que estiverem atuando. Os candidatos devem ter de 17 a 20 anos, cursar o 2º grau, estudar em período noturno, não ter registro anterior em carteira de trabalho e estar inscritos no Sistema Nacional de Emprego (Sine). |
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