De volta às origens

Por: Revista Filantropia
01 Novembro 2008 - 00h00

Do interior da Paraíba a Buenos Aires. Recentemente, integrantes da Escola Estadual Professor Lordão, da cidade de Picuí, a 244 km de João Pessoa, foram convidados pelo Ministério da Educação a apresentar uma experiência socioeducativa no II Encontro de Escolas Solidárias do Mercosul. Em terras argentinas, a escola mostrou o projeto “Repensando Picuí”, um trabalho de resgate da identidade da cidade paraibana que devolveu aos alunos a vontade de estudar e o interesse pela vida escolar.

Iniciado em 2004, o projeto surgiu como reação aos problemas enfrentados na época: altos índices de reprovação e evasão escolar, agressões verbais, pichações e mau uso do espaço público.

Quando tudo parecia ir contra, a equipe escolar percebeu que poderia mudar a situação. A primeira iniciativa foi apresentar a idéia aos demais docentes e começar o planejamento da ação. O objetivo era envolver os alunos em atividades que promovessem a “descoberta” do município de Picuí. “Um povo só valoriza sua terra quando tem conhecimento de suas histórias, lutas, fracassos e sucessos”, enfatiza a diretora Adriana Mary de Carvalho Azevedo.

O passo seguinte foi expor a proposta para os alunos e convidá-los a participar da experiência. Os primeiros que aderiram foram 69 estudantes do segundo ano do ensino médio. Com a equipe de trabalho formada e as parcerias fechadas, as ações começaram a sair do papel.

Entre as atividades, destacam-se as reuniões semanais entre professores e alunos para planejamento, acompanhamento e avaliação das etapas do projeto; leitura de textos didáticos e científicos sobre a urbanização e degradação ambiental de Picuí; análise de livros sobre a cidade a fim de identificar possíveis contradições históricas; pesquisa em sítios arqueológicos da região; realização de oficinas de arte para que os alunos produzam quadros sobre pinturas rupestres, buscando interpretar o significado de algumas tradições do município.

Parte das ações acontece aos finais de semana, e o restante, durante as aulas, quando os professores têm a possibilidade de explorar o projeto do ponto de vista de cada disciplina, sobretudo em história, geografia, artes, língua portuguesa, matemática, química e biologia.

No quarto ano de atividades, o “Repensando Picuí” apresenta bons resultados educacionais: o número de alunos aprovados saltou de 69%, em 2004, para 89%, em 2006; o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) da escola aumentou de 3,1, em 2005, para 3,7, em 2007, sendo superior à média do Estado da Paraíba, que é 2,9.

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