Vítima histórica de fraudadores, o INSS criou uma gerência executiva de compliance, um conjunto de diretrizes para garantir o cumprimento de leis e normas. O grupo deverá detectar, prevenir e solucionar práticas como a corrupção e fraudes no órgão. Como a estrutura existente será aproveitada, não serão necessários recursos adicionais. Para se ter uma ideia, entre 2003 e 2015, as forças-tarefa da Polícia Federal e da Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda efetuaram 2.700 prisões relacionadas a crimes contra o sistema previdenciário, em 500 operações. Em geral, os desvios ocorrem por fraude de documentos, falhas na legislação e pela própria gestão de pessoas, já que a consumação dos crimes no âmbito do INSS, assim como em outros locais da administração pública, depende do comportamento involuntariamente inadequado ou da conivência deliberada de servidores. Segundo o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União, desde 2003, 6.561 servidores estatutários foram expulsos do Poder Executivo, sendo que 4.346 cometeram atos relacionados à corrupção.