O Rapp

Por: Thaís Iannarelli
01 Maio 2004 - 00h00

Sucesso entre os jovens de todo o Brasil, a banda O Rappa existe desde 1994 e sempre manifestou em suas composições a indignação com as desigualdades do país. Com o passar do tempo, o grupo sentiu necessidade de fazer alguma diferença nesse quadro social. Por isso, a partir de 1999, com o lançamento do disco Lado B Lado A, O Rappa buscou a ONG Fase para ajudá-los em campanhas de incentivo a projetos de jovens carentes.

A Fase foi fundada há 40 anos e atua com questões étnicas, socioambientais e de assistência social. A parceria entre a banda e a organização resultou no projeto Na Palma da Mão, que visa patrocinar iniciativas idealizadas por jovens carentes. Já foram financiados, por exemplo, projetos que tratavam de temas como sexualidade, dança, aulas de artesanato e de grafite para filhos de presidiários.

No mês de abril, a banda esteve presente no Show pela Vida, que também contou com a participação de Marcelo D2. A renda do evento organizado pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) foi revertida para a compra de livros destinados aos programas Fome de Saber, da própria fundação, e ao Quero Ler – Biblioteca para Todos, do governo federal.

Em entrevista à Revista Filantropia, O Rappa conta sobre o crescente envolvimento com as ações sociais.

Thaís Mendes

Revista Filantropia: O que os levou a participar do Show pela Vida?

O Rappa: Achamos o show uma iniciativa maravilhosa. Reverter a renda para a compra de livros é tudo o que a garotada brasileira precisa. Estudar e ver o mundo com olhos menos ingênuos – saber dos deveres, mas também dos direitos.

Filantropia: Qual é o objetivo da união entre O Rappa e a ONG Fase?

O Rappa: Desde o lançamento de Lado B, Lado A nos unimos à Fase, angariando fundos para financiar projetos sociais em todo o Brasil. Já são 17 beneficiados até agora. O importante é que sejam projetos criados por jovens, para beneficiar outros jovens carentes. Queremos a juventude pensando, à frente na luta pela igualdade de direitos. Modestamente, temos conseguido bons resultados.

Filantropia: Algum dos integrantes da banda já era voluntário antes desse programa, ou fazia algo pela área social?

O Rappa: Antes de sermos conhecidos como O Rappa, éramos financeiramente bastante humildes. A música nos deu a possibilidade de ajudar, divulgando cidadania e respeito ao próximo.

Filantropia: A crescente atuação solidária no país ajuda no desenvolvimento social?

O Rappa: Sem dúvida. Seria melhor se todos pudessem fazer um pouquinho e cobrar também seus direitos, o comprometimento com o povo. Enfim, há uma crise de valores que parece afetar a sociedade como um todo.

Filantropia: Vocês acham que o governo atual está mais preocupado com a área social?

O Rappa: É preciso esperar acabar o jogo para ver o placar, mas parece que pouca coisa mudou até agora. A corrupção tinha de ser combatida a todo custo.

Filantropia: É importante que artistas conhecidos apóiem projetos sociais? Isso acaba dando mais visibilidade às iniciativas?

O Rappa: A ajuda precisa ser verdadeira, vir de dentro. Se não tudo vira “modinha” e soa falso. Mas é claro que a união faz a diferença.

Além de trazer informações sobre a Fase e sobre os programas que já foram apoiados pelo Na Palma da Mão, o site da banda ainda divulga links de outras organizações não-governamentais e sites que discutem temas relacionados à cidadania.

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