Fundo BIS lança seu primeiro edital para iniciativas de fomento à cultura de doação no Brasil

Por: Instituto Filantropia
31 Julho 2017 - 00h00

O Brasil é um país solidário – a maior parte dos brasileiros (77%) fez algum tipo de doação em 2015 (seja de tempo, bens ou dinheiro) -, mas tem um enorme potencial para avançar. Enquanto nos Estados Unidos a doação representa 2% do Produto Interno Bruto do país, por aqui, mesmo com 52% dos brasileiros doando dinheiro, esse número representa apenas 0,23% do PIB nacional, segundo dados das pesquisas Doação Brasil (2015) e ‘Eficácia dos Investimentos Sociais’ McKinsey (2008). O World Giving Index, por exemplo, mostrou que o Brasil ocupa o 90º lugar na lista de doações.

Diante deste contexto e com a proposta de ampliar e desenvolver o ecossistema de doação no país, um grupo de organizações e indivíduos criou o Fundo BIS, em 2015, que visa financiar exclusivamente iniciativas cujo objetivo principal seja fomentar a cultura e a prática da doação, incentivando mais pessoas e empresas a doar no Brasil. O GIFE assumiu o papel de organização incubadora do fundo que recebeu aportes iniciais do Instituto Arapyaú, Instituto Cyrela, ICE (Instituto de Cidadania Empresarial) e Instituto C&A.

A iniciativa, única no país e, segundo os organizadores, talvez também no mundo, tem como expectativa incentivar que investidores sociais e interessados no tema a doarem 1% de seus orçamentos para o fundo. Se todos direcionassem essa porcentagem de seus recursos, estima-se que o fundo poderia chegar a, aproximadamente, R$ 30 milhões.

Agora, o Fundo BIS dá um importante passo e, lança no dia 1º de agosto, o seu primeiro edital de seleção de projetos. Erika Saez, gerente de Fomento e Inovação no GIFE, ressalta que a proposta é apoiar iniciativas que criem um ambiente cada vez mais favorável e motivante para que todos os brasileiros e brasileiras sejam, com orgulho, doadores e doadoras. “A expectativa é mobilizar investidores para apoiar esta causa e, ao mesmo tempo, diversos segmentos da sociedade, academia, sociedade civil organizada, setor privado e até pessoas físicas, a pensar soluções e estratégias que possibilitem o aumento da qualidade e volume das doações no Brasil”, pondera Erika.

O edital

O primeiro edital do Fundo BIS funcionará como uma edição piloto, aberta a proponentes pessoas jurídicas ou físicas, incluindo também coletivos, movimentos ou indivíduos.

Poderão concorrer iniciativas inéditas ou já existentes que apresentem foco central na promoção da cultura de doação. Rodrigo Alvarez destaca que, a partir de estudos e da percepção dos especialistas do campo, foram identificadas quatro áreas-chaves e estruturantes para o fortalecimento do campo e que, portanto, receberão apoio para os investimentos do Fundo BIS.

São elas: 1. Inovação para promoção da cultura de doação: novas práticas e mecanismos a serem lançados para a promoção da doação; 2. Campanhas de comunicação e produção de conteúdo de incentivo à cultura de doação: propostas que efetivem maior cobertura da mídia e novas narrativas incentivando e discutindo a cultura de doação e o papel das OSCs na sociedade contemporânea; 3. Pesquisa, produção e disseminação de conhecimento: iniciativas que gerem e disseminem mais dados relevantes e conhecimento sobre o contexto de doação no Brasil; 4. Advocacy e incidência no marco regulatório: iniciativas que tornem o ambiente regulatório favorável para ampliar a cultura de doação.

Neste edital, estarão disponíveis R$280 mil a serem investidos nos projetos. Não há um limite máximo ou mínimo de valor a ser solicitado e nem quantidade limitada de propostas a serem encaminhadas por cada proponente.

De acordo com o Conselho Curador, a ideia é que o edital seja o mais aberto possível, a fim de conhecer o máximo de ideias e ações que são ou podem ser feitas para fomentar a cultura de doação em todo o Brasil. Sendo assim, o edital irá buscar uma pluralidade regional, geracional, institucional e temática. “Será um processo intenso de aprendizagem do próprio Fundo BIS”, ressalta Joana.

Seleção

As propostas encaminhadas serão avaliadas segundo os seguintes critérios: a. Foco na promoção da cultura de doação: as iniciativas serão avaliadas em relação à sua adequação à Teoria de Mudança do Fundo BIS; b. Impacto coletivo/desenvolvimento do campo: o impacto da iniciativa deve fortalecer o ecossistema e não apenas uma organização ou um grupo restrito; a iniciativa deve ter potencial multiplicador; e os proponentes, abertura para aprender e compartilhar conhecimentos em busca de replicação, sendo a escala da proposta um diferencial; c. Histórico positivo dos proponentes e viabilidade da iniciativa: é preciso que os proponentes apresentem um histórico de sucesso no campo em que atuam, demonstrando boa reputação, conhecimento e capacidade de efetivar suas propostas. A viabilidade de implementação da iniciativa também será levada em conta, em termos de qualidade e diversidade de parceiros, qualificação dos proponentes, existência de redes de suporte, capacidade de execução, entre outros aspectos.

Nesta edição, será dada preferência a iniciativas que demonstrem capacidade de efetivar resultados de forma ágil e concreta, bem como àquelas que apresentarem inscrições de múltiplos atores, multissetoriais e/ou colaborativas.

O processo de seleção será composto de três fases. A primeira será por meio de um filtro conceitual, ou seja, o proponente irá preencher um formulário simples online, a fim de apontar de que forma a iniciativa tem aderência aos princípios e critérios do edital. Os selecionados para a segunda fase deverão, então, apresentar um formulário completo, detalhando a iniciativa, além de enviar os documentos solicitados. Por fim, a terceira fase será realizada por um Comitê, que escolherá os projetos vencedores.

As inscrições vão de 1º de agosto até o dia 1º de setembro, e a divulgação dos projetos selecionados está prevista para 15 de dezembro. Para acessar o edital completo, clique aqui. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail: [email protected].

Fonte: Gife

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