Muitos confundem moral e ética. Apesar de estarem intimamente ligados, são dois conceitos diferentes que se complementam.
Para ser ético, necessariamente é preciso ser moral, ou seja, obedecer regras e costumes, mandamentos culturais e religiosos e atender às expectativas dentro de uma hierarquia pré-estabelecida.
Já a ética vai um pouco além: é o fundamento teórico e prático, baseado no pensamento humano, acerca do modo de viver das pessoas – de forma justa e equalitária.
Tanto a ética quanto a moral estão sendo bastante faladas nos últimos meses. Com escandalosos casos de corrupção pública, diante da indignidade popular – já que a ética da maioria dos seres humanos não permitiria tais transgressões – os brasileiros clamam por mudanças imediatas na forma de conduzir nosso país e seus equipamentos públicos.
Mas será que a falta de ética – e, consequentemente, de moral – está só no Governo?
É louvável que milhões de brasileiros saiam às ruas para protestar – seja lá pelo que for. Mas será que é um comportamento ético ir protestar de transporte público quando, no restante dos dias do mês, anda-se de carro?
Será que é eticamente correto escrachar os motoboys às ruas, de dentro de seus carros com ar-condicionado e, mais tarde, pedir uma refeição delivery?
Sem contar outras atividades comuns no dia-a-dia dos brasileiros, como a famosa “furadinha de fila”, o DVD comprado na “barraquinha”, ou a “ajudinha” para se tirar uma carta de habilitação.
É o momento de repensarmos nossa atuação humana como um todo. A ética está (ou não) no nosso dia a dia, em nossas relações e ações humanas. A ética não é só cumprir regras, mas acreditar nelas e saber que existem para a garantia do direito de todos. E que não é porque não há algum tipo de fiscalização que ela possa ser transgredida.
A ética está intimamente ligada à justiça social – o que é bom para uns não pode ser prejudicial a outros. Simples assim.
E você, como aplica a ética no dia a dia?
Abraços sustentáveis!