Quais são os negócios de impacto no país? Em que áreas atuam? Quais são seus desafios? O que precisam para avançar? Com a proposta de responder a estas questões e traçar um panorama sobre este setor no Brasil, a Pipe.Social, com o apoio de mais de 40 parceiros, acaba de lançar o 1º Mapeamento Brasileiro de Negócios de Impacto Socioambiental.
O mapeamento reúne dados de 579 negócios de impacto, ou seja, empreendimentos que têm a missão explícita de gerar impacto socioambiental ao mesmo tempo em que produzem resultado financeiro positivo de forma sustentável.
O levantamento mostra que os negócios ainda são novos – 40% têm menos de três anos de atuação – e estão concentradas principalmente na região Sudeste (63%), seguida do Sul (20%), Nordeste (9%), Norte (3%) e Centro-Oeste (3%).
Em relação ao foco de atuação, a área de educação é a que desponta com mais negócios de impacto envolvidos (38%). Há ainda iniciativas em tecnologias verdes (23%); cidadania (12%); saúde (10%;) finanças sociais (9%); e cidades (8%). Lúcia Dellagnelo, diretora presidente do Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB) – um dos apoiadores da realização do Mapa – ressalta que existe um potencial grande na educação com a chegada dos negócios de impacto ao setor, principalmente no caso daqueles empreendedores que buscam utilizar novas tecnologias para enfrentar desafios educacionais que requerem soluções inovadoras.
Para atuar neste campo, os empreendedores ainda enfrentam alguns desafios no estabelecimento de parcerias com os órgãos públicos, tendo em vista o processo burocrático que, muitas vezes, cria barreiras para a venda e compra de produtos e serviços vindos dos negócios de impacto.
O mapa aponta para um setor que tem se estruturado – a maioria dos negócios (70%) está formalizada, 90% tem equipe própria acima de dois funcionários e 19% delas acima de dez funcionários. Enquanto 58% das empresas foram fundadas somente por homens, 20% possuem apenas mulheres como fundadoras.
Fonte: Gife